sábado, 27 de novembro de 2010

Fica-nos sempre na cabeça o primeiro beijo, o primeiro amor e a primeira felicidade plena... Tudo o que é primeiro é sempre a vitoria do campeonato e quando acaba, o olhar é distante e inseguro.
As músicas deixam de ter o mesmo valor e quando nos tocam é sempre como se fosse o “nosso primeiro”; enquanto conseguimos viver o conto de fadas, somos felizes, mas quando aparece a palavra fim e o piano toca, somos de repente lançados para uma realidade que muitas vezes é dura e fria.
Acaba a magia e o beijo que damos depois é de olhos bem abertos... Eu ainda não consegui dar o segundo beijo nem entregar-me a um segundo amor.
Ainda mais ninguém saltou a barreira invisível que construí para que só tu entrasses.
Ainda ninguém me conseguiu calar e ninguém me fez rir e chorar tanto como tu.
É! Talvez seja este o propósito do primeiro amor: ser calculista e antagónico. Leva-nos aos extremos do equador e vivemos no limbo da incerteza... Mas uma incerteza saborosa, deliciosa e fantástica.
Todos os adjectivos são poucos para as saudades que tenho desses meses que nunca foram considerados anos... Desses dias que não mostraram metade do que eu queria transmitir.
Talvez fizesse tudo diferente, talvez fizesse tudo igual... Uma certeza permanece: não voltava a agir assim e eu não tinha feito nada do que fiz.

Eu não luto mais, pois não o sei fazer, só pergunto todos os dias se já desistis-te de nós..............