quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viajar e amar é mais ou menos a mesma coisa. É percorrer locais que desconhecemos sem muitas vezes perceber se devemos virar à esquerda ou à direita, se é melhor descansar um pouco ou forçar o passo e o cansaço, se é melhor experimentar este ou aquele restaurante. Enfim, numa coisa e na outra estamos constantemente a optar e a arriscar.
É por isso que quem pensa que a opção de amar uma pessoa só serve para o fazer feliz está redondamente enganado. O amor está longe de ser só felicidade, embora esta seja a face mais importante dele. Quem viaja, sabe que virar à esquerda numa rua desconhecida pode, a qualquer momento, ser uma experiência desagradável ou pelo menos monótona. E talvez esta seja a principal vantagem de quem gosta de viajar, saber que no Amor também há desolação e que é preciso saber ultrapassá-la.